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As insatisfações nossas de cada dia

Atualizado: 21 de jan. de 2020





Muitos solteiros procuram incessantemente parceiros afetivos para que a solidão não possa alfinetar suas necessidades íntimas de se completar no amor, esquecendo-se, porém, de que a solidão é a falta de confiança em nós mesmos, quando nos rejeitamos e nos desprezamos, e não apenas a falta de alguém em nossas vidas.

Muitos casados reclamam sistematicamente que já não veem mais o cônjuge com os mesmos olhos de antes e, por isso, sentem-se desiludidos e abalados diante da união infeliz, que em outros tempos julgavam acertada. Contudo, não observaram que a decepção não era com o outro, porém com eles próprios.

Por não aceitarem seus fracassos, é que projetam suas incompetências e insatisfações como sendo "pelos outros" e nunca "por eles mesmos".

Várias criaturas enfrentam a pobreza, lutam incansavelmente para a aquisição de recursos amoedados, tentando dessa forma sair das amarguras da pobreza. Não percebem, que prosperidade é uma atitude de espírito, e que quanto mais se declaram à sua mente que estão abertas para aceitar a abundância do Universo, mais a consciência se torna próspera; que a verdadeira prosperidade não se expressa em quantia de bens materiais que possuem, mas no receber e no dividir todo esse tesouro de possibilidades herdados pela nossa criação.

Muitos ricos lutam constantemente para acumular mais e mais, e afirmam que isso é necessário para assegurar a manutenção dos bens já amontoados, por previdência e cautela.

Não se dão conta que sua insatisfação é produto da ganância desmedida, por alimentar crenças de escassez e míngua e por acreditar que a riqueza é o que os faz homens respeitados e consideráveis, pois ainda não tomaram consciência do que é "ser" e do que é "ter". Outros tantos buscam o poder, como forma de encobrir o desgosto e de se auto-afirmar perante o mundo, escravizando em plena atualidade criaturas simplórias, para satisfazer seu "ego neurótico". O desânimo tomou tamanha dimensão em torno deles que acreditam que, mandando arbitrariamente e desrespeitando leis e limites dos outros, podem eliminar o desalento que sempre os ameça.

Jovens e adultos buscam dissimular a insatisfação interior, e para isso adquirem títulos acadêmicos, supondo que a outorga dessa distinção possa trazer-lhes permissão, diante da sociedade, para dominar e sobressair, com prestígio e capacidade que pensam possuir. O que ocorre, no entanto, é que não descobriram ainda o verdadeiro prestígio e capacidade, somente possíveis a partir do momento em que investirem em seus valores mais íntimos, em busca do autodomínio. Insatisfação não se cura projetando-a sobre situações, pessoas, títulos, poder; mas reconhecendo a fonte que a produz.

Reconhecer as "verdadeiras traves" que não nos deixam avistar as causas reais de nossa insatisfação é o primeiro passo para o caminho da satisfação alcançável. Outro remédio ideal para os sintomas, é o autodescobrimento, fazer emergir de nossas profundezas as matizes de nossos comportamentos inadequados, que provocam essa incomoda atmosfera de "descontentamento" a envolver-nos de tempos em tempos.

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